terça-feira, 30 de agosto de 2011

MONITORAMENTO A ESCOLA PLANALTO- ASSENTAMENTO/MOACIR LUCENA

                                             Eu  e os Representantes do Colegiado Estudantil
                                                    Grupo de  Estudo(5 ano)
                                                   Grupo de  Estudo(1 ano)
                                                          Grupo de  Estudo(3 ano)
                                         Colegiado Estudantil-Mágda, Emanuel e Márcia

domingo, 28 de agosto de 2011

EDUCAÇÃO URGENTE PARA UM BRASIL MAIS JUSTO E IGUALITÁRIO


"EDUCAÇÃO É URGENTE PARA QUE O BRASIL SEJA MAIS JUSTO E MENOS DESIGUAL"

A mensagem faz parte do material para radialistas do "No Ar: Todos Pela Educação"

 
  
Reprodução


Da Redação do Todos Pela Educação
"Se a gente quer um País mais justo e menos desigual, oferecer Educação de qualidade é mais do que urgente". Essa é a mensagem que o kit para radialistas do projeto "No Ar: Todos Pela Educação" pretende transmitir. Isso porque, "quando o assunto é Educação, todo mundo pode e deve colaborar".
 
O projeto distribui spots, vinhetas, jingles e depoimentos a radialistas de todo o Brasil. Nesta edição, o foco é o Congresso Internacional "Educação: uma Agenda Urgente", evento que vai reunir profissionais, intelectuais, educadores, organizações do Brasil e do exterior para pôr em foco as práticas que podem ajudar avançar rumo aos bons resultados de aprendizagem, acesso e conclusão na Educação Básica.
O que é o "No Ar: Todos Pela Educação"
Mensalmente, radialistas de todo o País recebem um kit com informações, depoimentos de artistas e atletas, músicas e spots com dicas sobre como a população pode fazer a sua parte pela melhoria da Educação. O objetivo é que a Educação entre em pauta nas rádios e que a sociedade se mobilize por um ensino melhor.
O projeto é uma iniciativa do movimento Todos Pela Educação em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e conta com o apoio do Grupo ABC e da produtora Amics Áudio. "No Ar: Todos Pela Educação" também conta com o suporte da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), das Associações Estaduais de Rádio e Televisão e do Grupo de Profi

VÍDEO A MAIOR FLOR DO MUNDO- JOSÉ SARAMAGO


JOGOS E REVISTAS AJUDAM NO APRENDIZADO


Revistas de passatempos – jogos inteligentes ajudam no aprendizado!


Como todo mundo já sabe, o ensino lúdico, no qual a criança aprende por meio de brincadeiras direcionadas, transformou-se na grande estratégia de inúmeros educadores brasileiros dentro das salas de aula. E em casa o estímulo pode ser o mesmo. Uma boa dica para pais e mães incentivarem o raciocínio e aprendizado dos filhos é oferecer-lhes revistas de passatempos e jogos inteligentes que podem ser facilmente encontradas a preços bastante acessíveis em bancas de jornais!

Atualmente, existem revistas deste tipo feitas para crianças com faixa etária que varia desde a pré-escola até os cursos pré-vestibular, como diz o editor-chefe da Ediouro/Coquetel, Daniel Stycer.

“Para crianças com idades de três a cinco anos, a Coquetel publica quinzenalmente a revista Brincando e Aprendendo, com passatempos que visam despertar a curiosidade, ajudam a desenvolver o raciocínio e a percepção visual. Nossa revista mais tradicional para crianças é a Picolé, lançada quinzenalmente e que existe há mais de 40 anos. Ela é voltada para crianças de seis a nove anos e seus passatempos (entre eles palavras cruzadas, caça-palavras, jogo dos erros e labirintos) também visam estimular a criatividade, a percepção e o vocabulário. Além destas, publicamos trimestralmente a Picolé Crosswords, toda feita com passatempos em inglês”. 

Segundo Stycer, não há necessidade de os pais ajudarem os filhos a preencherem os passatempos. “Não quero dizer que os pais não possam fazer isso. A leitura é um hábito que se adquire principalmente em casa, com pais estimulando os filhos. Da mesma forma, os pais podem ajudar com dicas, mas não devem responder os passatempos pelas crianças. Seria o mesmo que fazer o dever de casa no lugar deles”. 

Fonte: Revista Mães e Filhos

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

DESAFIO DA EDUCAÇÃO ATUAL:MELHORIAS NA EDUCAÇAO DO CAMPO


MEC PROPÕE MELHORIA EM ESCOLAS DO CAMPO

A melhoria da qualidade das Escolas do campo é um dos maiores desafios da Educação atual. A afirmação do ministro da Educação, Fernando Haddad, ontem, baseia-se na falta de professores qualificados e na infraestrutura precária das instituições rurais de Ensino.

Fonte: CORREIO DO POVO (RS)


A melhoria da qualidade das Escolas do campo é um dos maiores desafios da Educação atual. A afirmação do ministro da Educação, Fernando Haddad, ontem, baseia-se na falta de professores qualificados e na infraestrutura precária das instituições rurais de Ensino. Problemas que não estiveram na agenda da Educação por muitos anos , segundo Haddad. Agora, temos de fazer o possível para resolvê-los, numa parceria entre os governos federal, estaduais e municipais , complementou o ministro. Hoje, há cerca de 6 milhões de alunos matriculados em Escolas rurais, o que equivale a 10% do total de estudantes brasileiros.
Entre os programas do MEC voltados para a população do campo estão o Caminho da Escola , de transporte Escolar; ProInfo rural , de laboratórios de informática; e a Escola Ativa , de melhoria do Ensino em classes multisseriadas.
Para a formação de professores, foi criado o Procampo , que oferece cursos de licenciatura a profissionais não graduados que dão aulas nas Escolas rurais. O programa é desenvolvido em parceria com universidades públicas federais e estaduais. Hoje, 38 mil professores sem formação superior atuam nessas Escolas.

REALIDADE DAS ESCOLAS DO CAMPO


DESIGUALDADES EM CAMPO

Escolas rurais não conseguiram oferecer igualdade de oportunidades

Fonte: Revista Educação


Elisângela Fernandes
Com cerca de 13% do total de matrículas da Educação Básica brasileira, as escolas rurais ainda não conseguiram tornar-se um fator de equalização de oportunidades
Embora o acesso ao ensino fundamental seja dado como universalizado em todo o Brasil, a persistência das desigualdades educacionais entre as zonas rural e urbana faz lembrar os tempos lentos da história. Em pleno século 21, milhares de crianças e jovens enfrentam inúmeras barreiras para continuar os estudos e concluir as etapas do fundamental e do médio, em cenário que muitas vezes evoca os primeiros anos do século passado. Os números das matrículas no campo mostram que as políticas educacionais na área rural priorizam o atendimento escolar apenas até o 5º ano do ensino fundamental. Daí em diante, o estudante deve, em geral, buscar outras cidades caso queira continuar a estudar. E embora as matrículas no campo representem apenas 13% do total do país, esse percentual representa mais de 6,6 milhões de crianças e jovens espalhados em 83 mil escolas rurais. Esse contingente de alunos é maior do que toda a população do Paraguai.

O afunilamento da oferta pode ser percebido pela distribuição das matrículas nos diferentes ciclos e etapas da Educação Básica. O estudo Das desigualdades aos direitos: a exigência de políticas afirmativas para a promoção da equidade educacional no campo, realizado em 2009 para o Observatório da Equidade, órgão vinculado ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, mostra que para cada duas vagas nos anos iniciais do fundamental existe apenas uma nos anos finais. Para cada seis vagas nos anos finais, há apenas uma no ensino médio. Na zona urbana a relação das matrículas é de quatro vagas nas séries iniciais, três nas séries finais e duas no ensino médio. A dificuldade em dar prosseguimento aos estudos é nítida quando se compara a escolaridade dos jovens. Entre a população urbana de 25 a 34 anos, 52,5% têm ensino médio ou superior. No meio rural esse percentual é de apenas 17%.

Especificidades
A ausência de políticas específicas para o campo é umas das principais causas dessa desigualdade. Mônica Molina, professora da Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília e uma das responsáveis pelo estudo do Observatório da Equidade, credita a continuidade da situação à ausência de ações em massa do Estado para superar as desigualdades. E defende a necessidade de um conjunto de políticas que envolvam todas as esferas governamentais.

"Historicamente, o campo sempre foi deixado de lado. Chegamos a um ponto em que as únicas políticas para a zona rural foram fechar as escolas e eventualmente transportar as crianças", critica o professor José Marcelino de Rezende Pinto, da Universidade de São Paulo.

Os programas e projetos de financiamento específicos para a educação rural são recentes. A própria Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), do Ministério da Educação - que possui uma coordenação específica para a educação rural -, foi criada apenas em 2004. É a secretaria mais nova do MEC.

Para o diretor de diversidade da Secad, Armênio Bello Schmidt, o grande desafio da pasta é justamente o de elaborar uma política de Estado específica de educação no campo. "Na zona urbana, a criança ingressa na educação infantil e tem mais oportunidades de concluir o ensino superior. Isso ainda não faz parte da realidade da grande maioria dos sujeitos do campo."

A Secad é responsável, no âmbito nacional, por nortear não só o ensino na zona rural, mas também a alfabetização e educação de jovens e adultos, educação ambiental, educação em direitos humanos, educação escolar indígena e diversidade étnico-racial. A criação de uma secretaria exclusiva para a educação no campo é uma bandeira antiga de movimentos sociais. Entretanto, o MEC não trabalha com essa perspectiva.  "Não temos como criar uma secretaria para cada nível de ensino. Seria necessário uma superestrutura, financiamento, funcionários, espaço físico, entre outras coisas. Nosso objetivo é dar continuidade aos programas que, pela primeira vez, buscam atender de forma específica a população rural", defende Schmidt.

Um direito a ser efetivado
"A ausência da oferta de escolas às comunidades rurais é a negação do direito ao acesso à educação. Ainda há no imaginário brasileiro a ideia de que o campo não demanda políticas públicas, de que não se deve gastar dinheiro porque vai acabar. Mas o que a realidade mostra é que, pelo contrário, há um processo de dinamização das áreas rurais", afirma Mônica Molina.

Em 2009, análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) revelou que a escolaridade média da população de 15 anos ou mais na zona rural é de 4 anos, contra  8,6 anos no meio urbano. Esse número reforça a existência de um grande contingente de pessoas que estudaram no máximo até o final do fundamental 1.

O analfabetismo também é maior no campo: entre as pessoas de 15 anos ou mais, atinge 23,5% na área rural, quase 5,5 vezes superior ao verificado na zona urbana: 4,3%. O estudo do Observatório da Equidade alerta que se o "Brasil Rural" fosse um país, teria o 4º pior desempenho entre os países da América Latina e Caribe, melhor apenas que Haiti (45,2%), Nicarágua (31,9%) e Guatemala (28,2%).

Creches e distorção idade-série
A aprovação da ampliação da obrigatoriedade do ensino para a população de 4 a 17 anos remete a um grande desafio para os gestores públicos das áreas rurais, pois o acesso à educação infantil e ao ensino médio é muito baixo. Das crianças da zona urbana, 20,5% frequentaram a creche em 2008; na zona rural, essa taxa é quase três vezes menor: 7,2%. Na pré-escola, o atendimento chega a 82,2% na zona urbana e a 69,6% no campo. Entre os jovens de 15 a 17 anos da zona urbana, 59% frequentam o ensino médio, contra 33,3% na zona rural. Em relação ao ensino superior, 18% da população de 18 a 24 anos cursa essa etapa na zona urbana metropolitana. Na zona rural, a taxa é de apenas 3,4%.

Além do acesso, há a questão da aprendizagem. A distorção idade-série afeta três de cada quatro pessoas de 9 a 16 anos (75%) na zona rural. Na zona urbana, o percentual, de 56%, também é alto. Nos anos iniciais do ensino fundamental a distorção é de 38,9% no campo e de 18,4% na zona urbana.

Sem condições
Além da dificuldade de acesso, os alunos da zona rural sofrem com a má infraestrutura. Dados do Censo Escolar de 2009 revelam que 90% das escolas do campo não possuem biblioteca. Pouco mais de 8% têm laboratório de informática. Os laboratórios de ciências estão presentes em menos de 1% dos estabelecimentos de ensino. Além disso, quase 20% não possuem energia elétrica. O censo escolar de 2009 mostra que no Brasil 42,5 mil escolas possuem até 30 alunos matriculados, a maioria delas no campo.

Neste ano teve início o Programa Dinheiro Direto na Escola para as escolas do campo. O PDDE repassa R$ 12 mil por ano, para as escolas com até 50 alunos e que tenham unidade executora. "Com esse recurso não se faz uma escola nova, mas é possível realizar pequenos reparos, como por exemplo reformar banheiros ou trocar janelas", explica Armênio Schmidt. Até agora 3.160 escolas receberam os recursos.

De portas fechadas
Nos últimos anos houve um grande movimento de fechamento das escolas rurais. De acordo com o Censo Escolar, entre 2000 e 2009 mais de 34 mil estabelecimentos de ensino no campo deixaram de existir. Destes, 31,2 mil eram municipais.

As explicações para o fechamento são várias: o processo de municipalização, a redução da taxa de natalidade e a diminuição da população rural ao longo dos anos. A nucleação das escolas - a reunião de várias unidades em uma única - é outro fator que contribuiu para diminuição, principalmente no que diz respeito à oferta das séries finais do ensino fundamental e ao ensino médio. Nesses casos, os alunos da zona rural são transportados pelos municípios para os distritos maiores e muitas vezes para escolas da zona urbana. Essa estratégia elevou substancialmente os gastos com transporte nas esferas públicas municipal, estadual e federal.

Atualmente, tanto o MEC quanto o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Educação se dizem contrários ao fechamento das escolas e à nucleação nas zonas urbanas, opção que obriga o aluno a deslocar-se de seu lugar
de moradia.

Para Carlos Eduardo Sanches, presidente da Undime e secretário do município de Castro (PR), houve falta de planejamento. "As rotas longas, além da superlotação e muitas vezes a precariedade dos meios de transporte, contribuem para a evasão e para o baixo rendimento no aprendizado."

No arquipélago de Marajó (PA), onde o transporte é feito quase que exclusivamente por embarcações, muitas escolas também foram fechadas em função da nucleação. Edel Nazaré de Moraes Tenório, pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia (Geperuaz) e uma das coordenadoras do programa federal Território da Cidadania, explica que esse processo prioriza o transporte e obriga os alunos a se deslocar por distâncias cada vez maiores.

Edel acompanhou o percurso feito pelos alunos na região. O tempo médio para chegar às escolas é de duas horas. "Para entrar às 7h, o aluno sai de casa antes das 5h e só volta depois das 14h, isso numa realidade em que a merenda escolar é precária. Até para um adulto isso é desgastante."

Sanches explica que os valores repassados aos municípios pela União e estados não são suficientes para cobrir as despesas. Com a ampliação do acesso ao ensino fundamental, os gastos com transportes ficaram cada vez maiores. De acordo com ele, é comum o custo do transporte estar entre as principais despesas das redes municipais, em muitos casos perdendo apenas para a folha de pagamento. De acordo com o FNDE, os repasses para transporte escolar cresceram substancialmente nos últimos anos. As transferências da União para esse fim passaram de R$ 275,9 milhões em 2006 para R$ 655 milhões em 2010.

Para Yvelise Freitas de Souza Arcoverde, presidente do Consed e secretária de Educação do Paraná, os municípios são os mais prejudicados. "A política de transportes no Brasil não está resolvida e deverá estar na pauta do próximo governo. Não se deve substituir escola por ônibus", completa.

A participação das redes estaduais na educação rural é muito pequena. Em 2009, eram 6 mil escolas estaduais rurais no país, ou 7% do total. A secretária defende a construção de escolas, tanto estaduais quanto municipais. "Se estamos lutando pela ampliação da obrigatoriedade do ensino, precisamos investir na construção de escolas no campo. Criticamos muito a política do transporte, mas o foco das discussões está errado", completa Yvelise.

A expectativa para os próximos anos, diz Armênio Schmidt, da Secad, é que haja uma diminuição do processo de fechamento das escolas e, por consequência, um aumento do número de construções. "O ideal seria que fossem em torno de mil escolas por ano. Esse é o desafio que os governos têm pela frente."

Entraves para construir
Em 2009, o MEC liberou R$ 200 milhões para a realização de convênios com municípios para a construção e reforma de escolas rurais. No entanto, apenas 46 convênios foram celebrados e 54 escolas construídas, sendo executados apenas R$ 42 milhões do total previsto. Segundo a coordenação geral de infraestrutura educacional do FNDE, muitas vezes os projetos apresentados não são aprovados, pois as redes de ensino têm dificuldade para conseguir terrenos. Outras vezes, as prefeituras indicam lotes situados longe da demanda de alunos ou em condições topográficas desfavoráveis. Além disso, é bastante comum haver inadequações nos custos propostos para execução da obra e problemas em relação ao domínio dos terrenos.

Armênio Schmidt afirma que mais de 500 escolas foram construídas nos últimos oito anos. Por outro lado, há cerca de 130 projetos feitos em 2009 que ainda não foram pagos por conta das inconsistências na documentação apresentada pelos municípios. "A questão burocrática é sempre difícil, mas não temos como fugir. O MEC não pode financiar, por exemplo, uma escola em um terreno particular. Qualquer município em um mês consegue dar conta de levantar as informações solicitadas. O município precisa apresentar o projeto até a fundação. Do chão para cima, o projeto da escola é padrão."

Carlos Eduardo Sanches recorda que, como secretário de Castro, demorou mais de um ano para conseguir a posse de um terreno e viabilizar a construção em local adequado. "O trâmite burocrático é lento", reclama. A dificuldade para comprovar o domínio relativo à posse dos terrenos também é enfrentado pelos municípios em outros projetos do governo federal, como, por exemplo, o ProInfância, para a construção de creches.

Investimento ainda insuficiente
O financiamento da educação rural é apontado por Marcelino Rezende como um dos fatores que desestimulam a sua manutenção pelos municípios. Como a maioria das escolas rurais possui poucos estudantes e o Fundeb repassa os valores de acordo com o número de alunos, os recursos acabam sendo insuficientes para manter a estrutura escolar como um todo. "Não há economia de escala", explica.

Em vez de propor a construção de escolas por meio de convênios, Rezende diz que seria mais efetivo ampliar os fatores de ponderação do Fundeb para a educação rural. "Isso daria mais liberdade para a construção das escolas de acordo com as necessidades locais, que são diferentes em regiões de assentamentos, na floresta, em comunidades indígenas etc." Os fatores de ponderação são as variáveis utilizadas para atribuir o valor unitário de remuneração do Fundeb. Por exemplo, para o cálculo do financiamento por aluno das séries iniciais do ensino fundamental é utilizado o fator 1 para as escolas urbanas e 1,15 para as escolas rurais. Essa medida visa justamente reduzir as desigualdades entre as duas localidades, embora pesquisadores e gestores reconheçam que a distinção entre os valores ainda seja pequena no caso da educação rural.

O trabalho docente
A formação dos professores que atuam no campo é desafiadora, não só pela falta de profissionais com nível superior, mas também pela diversidade das realidades sociais encontradas e por prevalecerem o professor polivalente e as classes multisseriadas.

O estudo do Observatório da Educação mostra que em 2007 havia 311 mil professores no ensino fundamental e médio regulares no campo. Esse número representa 17% dos docentes em exercício no país. Deles, 61% não têm formação superior, o que significa um contingente de aproximadamente 178 mil professores.

Outra característica das escolas rurais é que mais de 70% são multisseriadas, o que requer investimento na qualificação dos professores para que estes possam trabalhar com alunos de diferentes séries e idades ao mesmo tempo. "Muitas pesquisas têm mostrado que é comum os professores trabalharem com métodos de ensino típicos das escolas seriadas em turmas multisseriadas", diz Mônica Molina. Com esse quadro, não é difícil antever os problemas em relação à qualidade: os docentes com menos anos de formação são aqueles que têm de se deparar com situações educacionais mais complexas.

De acordo com a Secad, mais de 3 mil professores estão em processo de formação específica para o ensino no campo em 32 universidades e institutos federais. Os pesquisadores afirmam que ainda é cedo para avaliar a qualidade desses cursos, mas mencionam algumas iniciativas que alcançaram resultados positivos.

A professora da UnB diz que o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), com os cursos de pedagogia da terra, foi a grande fonte de inspiração para as novas licenciaturas de educação no campo. O grande mérito dessa formação, segundo ela, é mostrar ao professor que é possível dar conta dos conteúdos previstos nas diretrizes curriculares nacionais e, ao mesmo tempo, trabalhar o contexto do educando e cultivar o conhecimento científico a partir da realidade rural, de forma a valorizar a agricultura familiar, que geralmente é discriminada e encarada como um reflexo da pobreza e do atraso.

A necessidade de material e formação específica para as classes multisseriadas pode ser percebida pelo interesse cada vez maior das redes de ensino pelo programa Escola Ativa, oferecido pela Secad. Atualmente 40 mil escolas são atendidas pelo projeto. Em 2006, eram 6 mil.

De todo jeito, basta que se preste atenção a regiões como o oeste baiano, por exemplo, para ver que a demanda por educação é enorme, seja a oferta precária ou não. Saber
identificar as diferentes necessidades locais - e, obviamente, investir - será a chave para que essas regiões melhorem indicadores sociais e econômicos.

 




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PROVA A B C TRAZ DADOS INÉDITOS DA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS NO BRASIL


AVALIAÇÃO MOSTRA QUE METADE DOS ALUNOS DE 8 ANOS NÃO APRENDE O MÍNIMO

Prova ABC, feita por 6 mil estudantes das redes pública e privada das capitais, revela que 44% leem mal, 46% escrevem errado e 57% têm sérias dificuldades em matemática

Fonte: O Estado de São Paulo (SP)



Metade das crianças brasileiras que concluíram o 3.º ano (antiga 2.ª série) do ensino fundamental em escolas públicas e privadas não aprendeu os conteúdos esperados para esse nível de ensino. Cerca de 44% dos alunos não têm os conhecimentos necessários em leitura; 46,6%, em escrita; e 57%, em matemática.

Isso significa que, aos 8 anos, elas não entendem para que serve a pontuação ou o humor expresso em um texto; não sabem ler horas e minutos em um relógio digital ou calcular operações envolvendo intervalos de tempo; não identificam um polígono nem reconhecem centímetros como medida de comprimento.

"Esse panorama mostra que a exclusão na Educação, que deveria servir como um mecanismo compensatório das diferenças socioeconômicas, começa desde cedo", afirma Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação. "A grande desigualdade que tende a se agravar no ensino médio já se faz presente nos primeiros anos do fundamental. Isso é visível nas diferenças entre as regiões do País."

Os resultados descritos são da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) e foram divulgados ontem. O exame, conforme o Estado adiantou em dezembro, é uma nova avaliação nacional, organizada pelo Todos Pela Educação, Instituto Paulo Montenegro/Ibope, Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). É a primeira vez que são divulgados dados do nível de alfabetização das crianças ao final do ciclo.

A prova foi aplicada no começo deste ano para 6 mil alunos de 250 escolas, apenas das capitais. Somente uma turma por unidade foi sorteada para participar e cada aluno resolveu 20 questões de múltipla escolha de leitura ou de matemática. Todos fizeram a redação, que teve como proposta escrever uma carta a um amigo contando sobre as férias.

Os resultados, divulgados por regiões, estão nas escalas do Sistema de Avaliação daEducação Básica (Saeb) para leitura e matemática. O nível de 175 pontos foi estipulado como a pontuação que representa que o aluno aprendeu os conteúdos exigidos para a série.

Disparidades. Os dados da Prova ABC mostram a distância entre o sistema público e o privado e, também, as diferenças bruscas existentes entre as regiões do País. Em algumas, menos de um terço dos estudantes aprendeu o mínimo.

É o caso da Região Norte, onde apenas 21,9% dos alunos das escolas estaduais e municipais cumpriram a expectativa de aprendizado em matemática. No Nordeste, essa taxa é de 25,2% para a disciplina e de 21,3% em escrita na rede pública.

"No caso de matemática, que tem a situação mais grave, mesmo a taxa total da Região Sul, que é a melhor, é baixa: 55% dos alunos aprenderam os conteúdos previstos", exemplifica Ruben Klein, consultor da Cesgranrio.

Ele destaca que mesmo entre as escolas particulares a diferença regional se impõe. Enquanto a rede privada nordestina teve média de 67,7 na prova de escrita -numa escala de 0 a 100, em que o ideal é 75 -, a rede particular do Sudeste alcançou 96,7 e a do Sul, 87,5. A nota do Nordeste indica que os alunos apresentam deficiências na adequação ao tema e ao gênero do texto, na coesão e na coerência e possuem ainda falhas na pontuação e na grafia.

Para João Horta, especialista em avaliações do Inep, os dados podem servir para a formulação de políticas públicas. "A partir do momento que identificamos as dificuldades enfrentadas, podemos gerar metas para tentar reverter essa situação preocupante", afirma ele, que acredita que a Educação integral pode ajudar a solucionar o quadro.

"Aumentar o número de horas dentro da escola pode minimizar as diferenças, colocando equipes para ajudar os professores nesses momentos adicionais."

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PROGRAMA ESCOLA ATIVA-MUNICÍPIO DE JUCURUTU


Implantação do Conselho Escolar e Colegiado Estudantil nas Unidades de Ensino Joaquim das Virgens e Padre João Maria- Jucurutu

Na última Terça-feira foi implantado o Conselho Escolar e Colegiado Estudantil nas Unidades de Ensino Joaquim das Virgens e Padre João Maria nas comunidades Lagoa e Pedra Ferrada respectivamente.
  • Na Unidade de Ensino Joaquim das Virgens a reunião para a implantação do colegiado contou a participação dos pais, funcionários, professor, estudantes, agente de Saúde, representante dos sócios do sindicato dos trabalhadores Rurais de Jucurutu e ainda contou com a presença da equipe Pedagógica do Centro de Ensino Rural Ana Francisca e Aparecida Souza.
Fotos da Comunidade escolar

Conselho Escolar
Colegiado Estudantil

  • Na unidade de Ensino Padre João Maria a Implantação do Conselho Escolar também contou com a participação dos pais, funcionários, professor, estudantes, agente de Saúde, representante dos sócios do sindicato dos trabalhadores Rurais de Jucurutu e ainda contou com a presença da equipe Pedagógica do Centro de Ensino Rural Ana Francisca e Aparecida Souza.


             Foto da Comunidade
 Fotos do Conselho Escolar
 
 
Colegiado Estudantil


Na última Quarta -feira  dia 07 de 07 de 2010 foi implantado o Conselho Escolar e Colegiado Estudantil nas Unidades de Ensino Eloi Gomes Comunidade Santa Rita  contou com a participação dos pais, funcionários, professor, estudantes e ainda contou com a presença da equipe Pedagógica do Centro de Ensino Rural Ana Francisca e Aparecida Souza.



fotos da reunião de criação do conselho
Escolar
Conselho Escolar

 
Colegiado Estudantil


Implantação do Conselho Escolar e Colegiado Estudantil nas Unidades de Ensino do Campo - Jucurutu

Programa da Implantação do Conselho Escolar e Colegiado Estudantil Mês de Julho 2010
06/07/2010 
  • Unidade de Ensino Joaquim das Virgens - Professor Erivan Almeida de Brito - Comunidade Lagoa;
  • Unidade de Ensino Padre João Maria - Professor Ivonaldo Bezerra - Comunidade Lagoa.
07/06/2010
  •  Unidade de Ensino Elói Gomes de Araújo - Professor Francisco de Assis dos Sntos - Comunidade Santa Rita.
09/06/2010


Unidade de Ensino Cirilo Batista - Professora Iranilsa Raimunda dos Santos - Comunidade Espinheiro

Equipe Pedagógica realiza microcentro

A  Equipe Pedagógica do Centro de Ensino Rural realizou no dia 18/06/2010 um  Microcentro, com o objetivo discutir sobre a Gestão Democrática nas Escolas do Campo e a implantação do Conselho Escolar e o Colegiado Estudantil nas Unidades de Ensino que ainda não tinham organizado implantado esse elemento do Programa Escola Ativa.  
                                                                                           
Pauta do Microcentro 18/06/2010
1. Acolhida com uma mensagem “acreditar e Agir”
2. Informes gerais o funcionamento do Programa Escola Ativa nas unidades de Ensino monitorada nos meses de Março ao Maio;
3. Leitura e discussão do texto “Gestão Democrática” Conselho Escolar e Colegiado Estudantil;
4. Vivenciar o Colegiado;
5. Planejamento usando os Cadernos de Ensino Aprendizagem, seguindo um roteiro;
6. Socialização.